segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Assunto:

Não sei que assunto por neste carta para ti e para ti, ah, e para ti. Não sei mesmo, e isso não me preocupa. Pode ficar assim, porque quem manda aqui sou eu. Hoje estou com um misto gigante de sentimentos. Se há duas horas estava nos patamares mais altos da boa disposição. Agora estou assim, sem saber porquê. Não estou mal disposto - nem tenho razões para isso. Não estou triste - acho eu.
Estou só sem saber como estou. Com a cabeça a borbulhar. Já escrevi um belo pedaço hoje. E agora que pensava que já tinha chegado, continuou a apetecer-me ver palavras pensadas a tornarem-se escritas, como que marcando o que neste momento vivo e sinto - é isso que gosto na escrita, na leitura, nas palavras e nas letras que nos compõem a vida.
Estou completamente sereno. O aquecedor está ligado e as obrigações mais ou menos cumpridas. Não tenho sono, não me apetece ler. Não me apetece ouvir música, não me apetece comer, nem ver vídeos, nem ler pensamentos de outras pessoas. Apetece-me estar assim: com os meus próprios pensamentos.
Até sei porque não continuei em alta, soube de uma ou outra coisa que me deixaram atordoado. E depois é esta coisa de pensar no futuro incerto que tenho pela frente que se nuns dias me anima, noutros me angústia.
Enfim, para o que serve isto mesmo? Para nada: só aqui está porque o fiz aqui directamente não vinha aqui à quinhentos anos e um dia ainda me esqueço definitivamente deste canto com pó e teias de aranha.
E pronto, já escrevi mais cinco minutos e já estive mais alguns momentos em sintonia com os meus pensamentos. Vamos ver onde me levam agora.


Ah, e o assunto era esse mesmo que está no título.

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