Ya, mostei-vos o meu gato novo. Ya, já tínhamos uma catrefada de animais, mas o pessoal cá de casa, pensa sempre que são poucos... qualquer dia saio de casa por já não haver lugar para mim... Não, Xico, não é nada contra ti! Até te acho piada, menos quando mias que nem um desalmado... Tem alma de Pavaroti o gato, foi o que uma rapariga lá no Veterinário lhe chamou... não fui eu!
Mas, pronto, Xico à parte, piadas à parte... Ando lixado! Não disse fodido porque me quero conter, mas acho mesmo que neste post vou dizer asneiras a dar com um pau. Posto isto, retomo a ideia... Sinto-me fodido! Ora, toda a gente faz merda, mas mesmo toda, estão a ver? Desde as coisas ditas no momento menos apropriado, às acções praticadas no momento menos desejado... A sério, tenho um problema - não sou como toda a gente. Ya, isso, nos dias que corre é um problema - um granda problema! Ora, sim, eu «Sou o único tipo que não é Cabrão» dizia a Andrade no outro dia. Mas e se me apetecer ser cabrão? Se me apetecer lixar as outras pessoas como às vezes me sinto lixado? A sério, não encontro palavras para descrever o desânimo que sinto, a raiva escondida e a vontade calada de gritar super alto: vão-se foder! Porque me lixam os cornos. Com coisas para fazer, com sorrisos para dar, com «sim, é na boa» para dizer. A sério... já nem sei o que pensar.
Um tipo, não interessa agora o nome dele, vamos chamar-lhe Tipo, deve-me 100 euros! Foda-se. 100 euros. Desde dia 17 de Maio... E diz que dia 17 de Maio é um dia especial e o Tipo supostamente também o é. Nem falo de outros euros que me deveria dar mas que não dá, mas 100 euros? Foda-se... ainda me perguntam o que é que eu tenho... Eu digo o que é que tenho... tenho um granda poder de encaixe, e o que me lixa é saber isso. O que me lixa também é eu saber que relativizo sempre. Deixar-me à espera duas horas, não atender a merda do telefone, e no fim, sou eu que tenho os teus convites para entrares naquela festa... Lixaste-me bem a sério, Estela. Mas isso é outra questão já resolvida. Mas eu sei, que como esta questão, todas as outras... é ver-me a relativizar. A outra nem sabia que tinha aparte dela do trabalho para me enviar e fez-me ir aos arames e mandar um mail em que até era simpático mas lhe dizia que estava fodido da vida com ela... Mas pronto... Andas numa Faculdade de raparigas, que coscuvilham a toda a hora, até sobre ti, vê-lá! É verdade, ora então eu gosto da Marta... Ya, gosto da Marta! Acho-a uma tipa trabalhadora, que estuda, trabalha, atura o namorado e ainda uma suposta amiga que lhe lixou o juízo, mas como eu acho isto e a compreendo, gosto da Marta. Enfim, vamos relativizar, olhar para quem inventou isto na boa e dizer-lhe olá como sempre disse! Porque se formos a pensar nisso, também gostava da Margarida, da Alentejana, da Estela and so on... E sim, a verdade é que gosto. Mas não dessa maneira. (Are you listen to me?)
Também aí tenho um problema! Eu explico: já tive esta conversa com a Estela e com a Meg e elas parecem perceber. E se não percebem azar. Eu não gosto de ninguém! Não quero gostar! Acho ridículo desmancharmo-nos de amores por uma tipa ou um tipo para toda a vida. É um desperdício, é uma cena desgastante e é uma chatice! Mas não pensem que ah, isso és tu que dizes da boca para fora. Não, não é! Eu não procuro nada disso! Se um dia gostar de alguém a sério tudo bem, calo a minha boca, mas até lá... Só vi relações acabarem. As que duram, duram com mentiras e hipocrisias. As pessoas deixam de ser o que eram, passam a ser o que o outro quer que sejam. E isso, não quero para mim!
Ya, sou diferente! Sou assim meio estranho, quem gosta - gosta, quem não gosta azar! Vivo tão bem comigo, porque é que alguém há de me fazer sentir mal? Tenho 20 anos e nunca me apaixonei, nunca tive sexo e digo-vos - vivo bem com isso. Não é uma cena que me preocupe, que me ocupe os dias e, principalmente, não é uma cena que eu procure! Se um dia acontecer - que há de acontecer - é porque aconteceu e pronto, não é porque andei atrás disso e só pensei nisso! Mas isso faz de mim o quê?
São estas coisas que me andam a lixar o juízo. Literalmente.
E depois são as pessoas, as pessoas que me rodeiam. Não são muitas. Não tenho muitas amigAs, e tenho ainda menos amigOs - porque acho que se ocupam de coisas tão estúpidas, mas mesmo assim, os que tenho, tenho-os porque quero, porque luto por eles, porque os defendo, porque os protejo como sei, porque gosto deles sempre. Menos quando me fodem a moleirinha. E o que eu penso sempre é: «tu deves merecer isto, porque se não, não te acontecia!». Mas porquê? Porque é que eu mereço sentir-me assim, excluído algumas vezes? Porque é que eu sou assim? A minha sorte é que relativizo. Deixo andar e penso sempre que amanha é outro dia. Eu acho-me um bom amigo, a sério. Pelo menos é o que me dizem algumas vezes, mas se assim é, porque é que eu acho que merecia um bocadito mais? Acho mesmo. Acho que faço coisas por pessoas, acho que dou a pessoas que às vezes me desiludem. E aí, a cena de relativizar é um problema. Se não relativizasse já tinha posto um ou outro a andar. Já tinha dito que não gosto daquela atitude, já tinha dito «vai à merda!», já os tinha mandado pastar, mas não. Eu relativizo. E não pensem que eu tenho tido assim grandes problemas, porque não tenho. Mas lixa-me sentir-me assim, sentir que quero mais, que acho que mereço mais!
Enfim, fode-me o juízo eu ser assim. Pensar de mais é uma merda!
E desculpem lá qualquer coisinha, mas aqui é onde eu acho que posso dizer isto sem ser recriminado. Se acham piada a este e ao outro blogue, passam - se não acham, adeus! Aqui é que eu não faço fretes e não relativizo. Para isso é que isto existe. Gosto muito que vão lendo as tretas que vou escrevendo, ya! Gostava de ser lido por meio mundo, ya! Sou eu que escrevo, e disso posso orgulhar-me porque há para aí uns toinos que não sabem onde pôr um acento! E eu se calhar também não sei e penso que sei. Mas estou-me a lixar! Agora sou eu que me estou a lixar!
Chateia-me um granda bocado o facto de ver a Morce e não lhe dizer Olá. O facto de conhecer pessoas que a conhecem e não ter colhões de lhes dizer «olha, eu sigo o blogue da Morce, e ela o meu, mas ela não me conhece, nem sabe que eu existo!» Mas ya, Morce, eu conheço-te - só de vista, está descansada! Cruzamos-nos numa série de locais. E nunca te disse nada. Porque parece que tens uma personalidade forte podias não me achar piada alguma - e isso ia-me deixar lixado! Mas ya, também conheço algumas pessoas que tu conheces. Umas melhor, outras pior. Outras só de ouvir falar. E olha... também já te vi em cima do palco... Twice! Eheh...
Ya. Acho que eram estas as coisas que tinha para vos dizer. E era tão bom que não as lessem, porque sinto que isto é demasiado intimo. Mas se não deitasse isto cá para fora explodia em dois segundos. Agora vou relativizar mais um bocado. Porque me deitei às 5 da manhã a acabar um trabalho e já foi entregue! Thaks God! Mas há mais a caminho... enfim. No meio disto tenho a alegria de ver o meu avô de volta a casa, quase três meses depois... e de ver o Xico Camões ali a miar que nem um desalmado. Tenho sempre a Kitty, e aquelas pessoas que adoro, mesmo que às vezes me fodam o juízo... E acho que vos vou tendo a vocês. E isso é muito bom!
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Eu disse que era melhor não ler...