sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Gaivota

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.



Alexandre O'neiil (letra)

Sonho porque sim.

Sei lá o que tenho para dizer... que sonho acordado - talvez. Sonho com o que quero realizar, com o que quero viver, sonho como será a melhor forma de te encontrar. Sonho um dia ser grande assim e assado, frito e cozido, ser amado e adorado, por ti e pela maioria. Sonho com o dia em que me vão dar os parabéns pelo que criei, pelo que construí, por aquilo que escrevi, por tudo aquilo e isto que sonho. É a sonhar que me realizo, mas não é meu sonho ser um sonhador profissional. Não dá muito dinheiro nos dias de hoje. Quero poder criar, construir e continuar a sonhar. Para ser grande, para crescer, para chegar onde os que admiro já chegaram, para sentir o que sinto quando sonho que vou conseguir. Faço bem, faço mal? Não sei, mas continuo a fazê-lo, mesmo enquanto te escrevo estas palavras sem saber nem bem nem porquê. Mas continuo a ver no lugar destas palavras que vou formando as expressões «O Baltazar»; «New»; «Cultura C»; «C Club» e tudo o resto que me aparece como perfeitamente alcançável. Se para alcançar tudo isto me bastasse sonhar, estava realizado e concluído, pelos dias que dedico a todos estes projectos, pelas horas de sono que prefiro perder, só para pensar mais três segundos que um dia vou ter aquilo com que sonhei. Cometo um erro ao pensar no quero e não pensar em como consegui-lo, mas cada assunto no seu devido tempo amigos... agora sonho, para que um dia possa agir e preocupar-me em realizar tudo o que escrevo. Duas garantias: escrevo e irei continuar a escrever; sonho e irei continuar a sonhar - porque sim!

Parabéns a você!



Parabéns a você,
Nesta data querida,
Muitas felicidades,
Muitos anos de vida.




Hoje é dia de festa,
Cantam as nossas almas,
Para a menina Margaret,
Uma salva de palmas!!


Hoje que sei que a (minha) Manela (Moura Guedes) foi afastada do Jornal que apresentava, se demitiu do cargo que ocupava, e tudo isto por razões obscuras e duvidosas, num momento ainda mais duvidoso, alguém me chama a atenção, cinco minutos antes da meia-noite: Margaret de ma vie...

Acontecem coisas que nos chamam a atenção todos os dias, e adivinha, no dia 4 de Setembro, embora seja meia-noite e 20 do dia 3, alguém faz anos... Tinha de ligar antes da meia-noite, para garantir ser o primeiro a dar os parabéns à sua pessoa.

Espero que tenhas um bom dia, e como é óbvio: GOSTO MUITO DE TI!

Temos as nossas diferenças, os nossos afastamentos, os nossos feitios, mas acho que somos amigos. Grandes amigos! Gosto muito de ti Meg, mesmo que nunca venhas a ver isto, ou talvez venhas, se tiver coragem de um dia te dizer que tens aqui algo para ti.

Um dia super feliz!!

Beijinho, o teu amigo.


Is it there?
Is it right there?
Right in front of you (right in front of you)
This is what you've been looking for
For a long, long time
Make it real, make it right now (make it right now, make it right now)
You've got to live it now

I don't know why
I can't see the beauty in front of me
I can not...
I don't know why
I can't see the beauty in front of me (in front of me)

[I don't know why - Moony - aquela música dos altos-berros no teu carro, nos últimos dias de Agosto]

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Filme de Terror

Hoje, 2 de Setembro de 2009, oiço músicas dos Gift que me fazem pensar no noite boa que tive quando os vi. Tento recuperar esse bom momento hoje em que se inicia mais um ciclo de politiquices e joguinhos muito mais profundos e perigosos do que aquilo que podemos supôr.



Penso, assim, em política - por incrível que pareça - gosto de ouvir o que dizem uns e outros e de pensar acerca do que discutem. Oiço o debate, oiço a discussão que se segue ao debate, feita por pessoas, que, às vezes, deixam muito a desejar.



Interessante este Portugal em que vivemos que, a menos de um mês de eleições, Portugal e os portugueses acordam para a vida e desligam das férias que passaram e que demoram a chegar novamente e começam a aperceber-se - mais pelas televisões que dedicam ao assunto grande período do tempo - que de facto existe algo que nos é devido fazer: votar.



É obrigatório votar. Em branco, a favor do poder ou contra o poder, mas votar. Isso é indíscutivel, mas com debates em que o que sucede é um prolongamento do que acontece no parlamento e por isso pouco apelativo à maioria - e falo mesmo de uma grande maioria - torna-se difícil escolher em quem votar. Os ataques são mútuos uns ao que foi feito nos últimos quatro anos, outros ao que foi feito à uns anitos mais largos, mas tem o mesmo efeito - ataques de parte a parte. A discussão é fraca, a moderação do debate uma tarefa ingrata e difícil.



E, desculpai-me qualquer pessoa que me leia, mas é mesmo o ponto alto do primeiro frente-a-frente televisivo das eleições legislativas 2009, quando se ouve aquele que esteve no poder nos últimos quatro anos e alguns meses falar de um filme de terror, e evocar o seu título correctamente para atacar o seu adversário. Não deixa de ser curioso, Sr. Engenheiro, saber o que a sua pessoa, o primeiro-ministro, andou a ver nestes últimos anos - filmes de terror. É que havia portugueses que pensavam que eram só eles que ao olharem para o seu país viam uma realidade de terror, ou seria um filme?







E pensar eu que fiz, do alto dos meus 19 anos, a minha primeira crónica solta, aparentemente, sobre política - hoje - dia 2 de Setembro de 2009.